Estive pensando que poderíamos ajudar nossos patrícios a sair dessa crise em que se encontram: vamos colonizar Portugal!
Podíamos chegar lá em um avião da FAB, descer com um bando de gente, aproveitar que o Lula está terminando seu mandato e levar ele pra governar lá. Então tomamos o poder e começamos a explorar aquelas lindas terras d'além mar!
Mandaríamos também o nosso futuro ex-presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, para dar conta das finanças lusitanas, e também criaríamos por aqui o “Ministério da Tutela Lusitana”, para o Paulo Bernardo (futuro ex-Ministro do Planejamento) assumir.
Faríamos um excelente governo, e tentaríamos arrumar a casa portuguesa, com certeza!
E, claro, como toda colonização, exploraríamos o país. Mandaríamos azeites da melhor qualidade para o Brasil, vinhos nunca dantes experimentados pelos brasileiros, bacalhau fresco para abastecer os nossos mercados, vinho do porto para bebermos antes das refeições, e isentaríamos o Brasil de quaisquer taxas de importação de produtos portugueses, pois estaríamos explorando-os, obviamente.
Talvez a cachaça se tornasse um aperitivo mais consumido que o vinho do porto, por lá.
Anistiaríamos todos os imigrantes ilegais que lá se encontram, e isentaríamos de taxas também os turistas brasileiros, no continente e em todas as ilhas.
Enviaríamos nossos estudantes de Letras para estagiarem e peqeuisarem nas Universidades de Coimbra e do Porto, além disso, alunos brasileiros pagariam taxas em Reais para estudar nas universidades portuguesas.
Durante o período, Portugal poderia inclusive ser elevado, em memória da “Graça de Deus Príncipe-Regente de Portugal, Brasil e Algarves, daquém e dalém-mar em África, senhor da Guiné, e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia” à República Unida do Brasil e Portugal, e assim o reconheceríamos e chamaríamos oficialmente.
Como o futebol por lá também não é dos mais atraentes para o mundo, poderíamos criar a “Copa Bragança e Bourbon de Futebol”, disputada nos moldes da Copa Libertadores da América, entre equipes brasileiras e portuguesas. Já os ajudaríamos muito!
Os negócios brasileiros também iriam prosperar na "terrinha", porque enviaríamos pra lá várias lâminas de barbear, o know-how do brazilian bikini wax, e venderíamos cera Veet nas ruas, ao lado das castanhas. Isso sem contar nas manicures brasileiras que iriam abrir escolas em Portugal para ensinar as raparigas a fazerem as unhas. Mesmo em tempos de crise as mulheres não querem andar mal-arrumadas pelas ruas, nem os homens querem as ver assim.
Poderíamos também tomar de volta todo o ouro que saiu das Minas Gerais e que ainda está lá, além de cobrar uma taxa por esse “empréstimo áureo”, trazendo para o Brasil, junto com o ouro, muitos livros, roupas, esculturas, quadros e outras obras de arte. Um pouco de cultura para nós... preço muito baixo por tudo que nos tiraram.
Creio que se colonizássemos Portugal, talvez eles tivessem a chance de não afundar nessa crise atual e conseguir uma sobrevida, necessária para o planejamento de um novo país, atrelado à União Européia, mas economicamente estável.
Com a colonização da “terrinha” fecharíamos um ciclo, e então, o porta-voz do governo brasileiro em Portugal poderia enviar um e-mail para a presidente Dilma Rousseff, dizendo:
“(...) na terra onde em se plantando tudo dá, bons frutos brotaram; tantos quantos pudemos colher; e Pero Vaz de Caminha estava certo: o melhor fruto que dela se pôde tirar foi mesmo aquela gente. Desse fruto temos de sobra! A semente que “Vossa Alteza”, D. Manuel I, lançou sobre tuas capitanias se espalhou, e agora vai lançar suas próprias sementes em solo lusitano, na esperança de que melhores resultados possam alcançar a esfera sócio-econômica e política portuguesa.”.
Quem sabe assim não entramos em uma nova era, e começamos a escrever um novo capítulo na história dos países em desenvolvimento? Sem sombra de dúvida os BRICS e a África do Sul gostariam de ver isso acontecer... talvez para depois fazer o mesmo com outros países europeus, única e exclusivamente na tentativa de “salvá-los”, retribuindo a “ajuda” recebida desde alguns séculos atrás.
* Este é um texto de ficção, e não deve ser entendido como verdade, nem como opinião própria.
mto bom! meses atras a revista financial times escreveu algo parecido. preferi o seu txto... parabens!
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