Anteontem, dia 8 de dezembro, estava eu em uma palestra sobre o Império Norte-Americano e a Ordem Mundial: Cenário pós-Bush 2, na qual o palestrante Demétrio Magnoli, professor de Geografia Humana da USP, editor do jornal “O Mundo” e articulista da Folha de São Paulo falava sobre a dominação norte-americana, a guerra contra o terror, e também sobre a questão do petróleo. Em um dado momento, após breve explicação sobre a origem da Arábia Saudita e sua faraônica produção petrolífera de sete milhões de barris diários, ele disse que o petróleo era o segundo bem mais mal distribuído do mundo, comentário esse que deixou a platéia com certo ar de indagação sobre qual seria o primeiro. Após alguns demorados segundos de silêncio, ele disse: “O primeiro é o amor.”.
Apesar de não passar de uma brincadeira da parte do palestrante, tal afirmação possui uma enorme carga de veracidade, perceptível principalmente pelos que ainda anseiam pelo amor verdadeiro. Por causar tanta polêmica, ser passível de diversos tipos de julgamento e possuir incalculáveis significados, não entrarei na questão do amor verdadeiro. Nem mesmo eu sei o que viria a ser esse mitológico e forte sentimento que habita a nossa consciência coletiva.